segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Conversas d'Ouvido com The Bankrobber

Hoje permanecemos na Europa, numa curta visita à belíssima Itália, para uma entrevista com a banda de indie rock The Bankrobber, pela voz do vocalista e guitarrista Giacomo Oberti. Para além de Giacomo, a banda é composta por Andrea Villani (baixo), Maddalena Oberti (teclas, voz) e Stefano Beretta (bateria). Na sua discografia já contam com quarto EP's e um LP, atualmente preparam-se para editar o novo disco, "Missing". Os The Bankrobber devem o seu nome a uma música dos The Clash, revelando logo aí as suas influências punk rock, contudo há mais revelações para descobrirem neste lançamento das "Conversas d'Ouvido"... 

Ouvido Alternativo: Como surgiu a paixão pela música?
Giacomo Oberti: Adoro música desde criança, o nosso pai é colecionador de álbuns, a nossa casa sempre esteve repleta de cd’s e vinil.

Como surgiu o nome The Bankrobber?
Tínhamos apenas 16 anos quando escolhemos este nome porque quando começámos a tocar, todos nós eramos fãs dos The Clash e “Bankrobber” era o título de uma das músicas deles. Soou-nos bem e gostámos.

Preparam a edição do disco “Missing”, já podem antecipar algo sobre o que podemos esperar?
Na verdade, já acabámos de trabalhar nele, estamos apenas à espera da masterização para o álbum estar pronto. Dez músicas, com sonoridade semelhante ao do nosso último EP “The Land of Tales”. Introduzimos um piano mais real, guitarras acústicas, vozes femininas como secundárias, mas não é um álbum de baladas. Temos pelos menos sete músicas com um impacto forte de rock.


No próximo ano, celebram uma década de existência, estão a planear algo para assinalar a data?
Sim. Primeiro que tudo é algo muito importante, eu e o Andrea tocamos juntos desde 2006 e no próximo ano, com os The Bankrobber, celebramos dez anos com a banda, mesmo tendo sofrido alterações a nível de membros da banda. Ainda não sabemos o que vamos fazer mas vai ser uma grande festa.

Como gostam de descrever o vosso estilo musical?
A nossa música é caracterizada por melodias vocais, diferentes teclados, sons misturados com o alinhamento clássico de bateria, baixo e guitarra.

Para além da música, tens mais alguma grande paixão?
Desporto. Adoro muitos desportos como Basquetebol, Futebol Americano, Ténis. Adoro jogos olímpicos. Mas o que amo mesmo é futebol, e sou adepto da Juventus. Outras das minhas paixões, adoro tocar claro, desenhar, ler e ver filmes.

Qual a maior vantagem e desvantagem da vida de um músico?
A arte é tudo para mim, a melhor parte é que podes fazer o que realmente gostas, podes viajar, conhecer novas pessoas e ver sítios lindos através da tua música. Mas por vezes, o dinheiro não é o suficiente pois tens que investir na promoção.

Quais as vossas maiores influências musicais?
Começámos por ouvir The Clash e Green Day, nas nossas tours ainda tocamos “Lullaby” dos The Cure, uma das nossas primeiras covers. Adoramos os Queens Of The Stone Age, Biffy Clyro, Nothing But Thieves, The Neighbourhood, Arctic Monkeys, Eels, Blur entre outros.

Como preferes ouvir música? Cd, vinil, k-7, streaming, leitor mp3?
Eu costumo ouvir música no Spotify porque quando não estou a tocar, estou no computador. No entanto, gosto mais de ter algo em formato físico com o design, é diferente. Quando é algo que gosto mesmo, compro porque quero tê-lo na minha prateleira. O nosso próximo álbum vai ser lançado em vinil também como uma versão especial com uma faixa bónus. Como amantes da música, somos amantes do vinyl.

Qual o disco da tua vida?
É dificil de escolher. Posso mencionar quatro álbuns que influenciaram a minha maneira de criar música. The Dark Side Of The Moon” dos Pink Floyd, poderia mencionar toda a discografia dos Pink Floyd. A banda sonora de “American Graffiti”, o meu pai tinha em vinyl e eu ouço-a desde os meus quatro anos de idade. O álbum “Demon Days” dos Gorillaz, tinha 14 anos e era completamente fascinado pelo álbum. Por fim, “Opposites” dos Biffy Clyro, é de momento uma das minhas bandas preferidas de sempre pelo impacto que têm ao vivo e pela energia.

Qual o último disco que te deixou maravilhado?
O ultimo álbum que gostei realmente é o “Broken Machine” dos Nothing But Thieves. É um rock alternativo muito bom, com grandes sons e uma voz fantástica que me lembra, por vezes, Jeff Buckley.

O que andas a ouvir de momento/Qual a tua mais recente descoberta musical?
Os Nothing But Thieves foram a minha última descoberta musical. Agora, ando a ouvir The Neighbourhood, Royal Blood e o novo single dos The Bankrobber, intitulado “Closer”

Qual a situação mais embaraçosa que já vos aconteceu num concerto?
Ainda não tivemos nenhuma situação embaraçosa em palco, mas a pior situação foi talvez quando a banda teve que esperar em palco para que a minha guitarra começasse a funcionar e estávamos perante uma plateia de três mil pessoas.

Com que músico/banda gostarias de efectuar um dueto/parceria?
Sem dúvida, Josh Homme, se tivesse que escolher de todos os músicos, escolheria-o a ele e tenho a certeza que todos os membros da banda concordam comigo.

Para quem gostarias de abrir um concerto?
Gostaria de abrir um concerto para diversos artistas. É sempre emocionante quando partilhas o palco com uma grande banda e passam tempo juntos nos camarins a fazer perguntas e a aprender sempre coisas novas.

Em que palco (nacional ou internacional) gostarias um dia de actuar?
O meu maior sonho musical é tocar em Glastonbury, neste momento não consigo imaginar nada mais emocionante.

Qual o melhor concerto a que já assististe?
Posso estar a ser chato, mas Biffy Clyro ao vivo em Florença em 2016, foi uma poderosa e completa junção entre a banda, o som e as luzes.

Que artista ou banda gostavas de ver ao vivo e ainda não tiveste oportunidade?
Eu gostaria de ter a hipótese de ver várias bandas e artistas que já não tocam como, por exemplo, os Nirvana, The Clash, Ramones, Lou Reed, Jimi Hendrix, entre outros. Para os restantes que ainda tocam, ainda tenho esperança de os ver ao vivo.

Qual o concerto da história (pode ser longínqua, mesmo antes de teres nascido) em que gostarias de ter estado presente?
Woodstock, claro. Em particular o Joe Cocker.

Tens algum guilty pleasure musical?
Claro que sim mas não considero um guilty pleasure. Eu sei que posso ser julgado por algumas pessoas mas sinto-me livre para ouvir o que eu gosto. Gosto de artistas como Justin Bieber, gosto do mais recente single da Taylor Swift e definitivamente, adoro a Katy Perry. Às vezes, também vou na carrinha a cantar One Direction sem preocupações.

Projectos para o futuro?
De momento, estamos a pensar no lançamento do novo álbum, na sua tour e nos vídeos dos singles. No fim do ano vamos ver o que foi possível de concretizar. Vamos estar na California por uns meses, talvez consigamos trabalhar no novo álbum lá, ou talvez apenas para atuar, mas ainda é cedo para saber.

Que pergunta gostarias que te fizessem e nunca foi colocada? E qual a resposta.
Todas as questões são bem-vindas e as das "Conversas D’Ouvido" são muito estimulantes, mas não sei, nunca tinha pensado nisso. É sempre bom poder falar sobre nós e sobre os nossos projetos.

Que música de outro artista, gostarias que tivesse sido composta por ti?
Talves algo dos The Beatles para a realeza :) não sei mas deveria ser algo com significado para as gerações, como por exemplo “Wonderwall” dos Oasis ou “Bitter Sweet Symphony” dos The Verve.

Que música gostarias que tocasse no teu funeral?
Na verdade, essa é uma pergunta perfeita porque um dos nossos próximos videoclips representa o meu funeral, no sentido figurativo. Mas de facto nunca tinha pensado nisso, talvez “Downtown” de Petula Clark que não sei porquê mas é uma música que me deixa muito feliz.

Obrigado pelo tempo despendido, boa sorte para o futuro.
Muito Obrigada, foi um prazer. Espero vê-los em breve.

Apresentamos agora o vídeo oficial para o mais recente single "Closer"... 

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